domingo, 18 de maio de 2014

Atlético de Madrid organização e equilibrio


      O que dizer de um time que consegue ser campeão de uma liga nacional que tem Barcelona e Real Madrid? E se o principal jogo, a “final” for dentro do Camp Nou e não sentir a pressão? E o que falar se esse mesmo time for finalista da champions league? Bom isso é o que pensamos, quando falamos do Atlético de Madrid, um time que não tem tanto poderio econômico como seu vizinho “real”, porém certeiro na montagem de seu limitado elenco.

       Como diz o ditado, “todo grande time, começa com um grande goleiro”, não é diferente com o Atlético, que conta o goleiro titular da seleção belga, que de rejeitado no Chelsea entra para a história do clube como um dos melhores. Dois zagueiros importados da América, Godín e Miranda que não são jogadores de classe ou uma saída de bola refinada, porém o que fazem é essencial para esse time, bons na bola aérea e duros na marcação. Laterais que atacam e defendem bem e de forma regular, dificilmente você verá uma partida fraca tecnicamente do Filipe Luis, o que não é diferente do lateral direito Juanfran. Assim se é formado uma parte do sistema defensivo da equipe, uma parte, pois o time todo faz parte desse sistema.

      O meio campo não tem um grande destaque individual, é um setor compacto e de muita pressão tanto na marcação quanto no ataque. O jogador mais técnico é o Arda Turan que não é um meio campo clássico, mas esse turco ataca muito bem. Koke, Tiago, Gabi, Diego e Raul Garcia são jogadores medianos que cumprem muito bem a proposta tática do técnico. Um ataque com o disputado Diego Costa, e o renegado no Barcelona Villa. Diego Costa que é o destaque da equipe, é o artilheiro e chegou a ser disputado entre Brasil e Espanha, escolheu defender a Espanha por ser o país que lhe deu grandes oportunidades e está perto, senão certo de ir para o Chelsea da Inglaterra.

      E o mais importante para essa grande temporada, o técnico argentino e ex-jogador da equipe, Diego Simeone, tem o time nas mãos implantou uma filosofia de um coletivo, em que, todos ganham, todos perdem. Um time de muita raça e intensidade como pode ser visto na condição física de cada jogador nesse fim de temporada. Um sistema realmente defensivo, porém que joga e convence, não é um ônibus estacionado na área, como diria Mourinho. E que conta com uma torcida apaixonada o que os diferem dos outros times espanhóis. Essa conjuntura nos faz refletir como o futebol é um jogo coletivo, e quanto interfere um técnico em uma equipe e por tudo o que fez Simeone tem todos os méritos para ser eleito o melhor técnico da temporada. Parabéns Atlético de Madrid!

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