sábado, 24 de maio de 2014

A novidade que se repete...


      Enfim o Real consegue a tão sonhada “La decima”, enquanto que mais uma vez o Atlético deixa escapar nos minutos finais, forçando um “terceiro jogo” e termina levando quatro gols.

      Primeiramente, o jogo começou com uma equivocada escalação em ambas as equipes. Por parte do Real, a entrada de Khedira, no lugar de Xabi Alonso suspenso, fez sua segunda partida após um longo período de contusão, ficou evidente a falta de ritmo e tempo de bola, falhou no gol do Atlético e estava perdido no meio de campo. Por parte do Atlético de Madrid, um Diego Costa machucado, passou a semana se tratando com placenta de égua, e mesmo assim não deu certo, saiu aos 9 minutos do primeiro tempo. Uma atitude egoísta, em um time baseado no coletivo, que posteriormente trouxe graves consequências.

      O jogo começa, com um Real Madrid atordoado e um Atlético jogando no toque de bola e saindo com força para o ataque, porém sem grandes chances. Por parte, do Atlético, no primeiro toque ficou evidente que D. Costa não tinha melhorado assim se queimou uma alteração. Com um início muito truncado, as defesas se saiam muito bem, e com poucos lances perigosos, o primeiro gol da partida saiu em um cruzamento na área, mal cortado e com uma assistência de cabeça, Godín cabeceia e marca após a péssima saída de Casillas, sendo encoberto.

    Com o gol, o Atlético teve mais tranquilidade para jogar, enquanto que o torcedor do Real via uma tarde apagada de seus principais jogadores. Bale desperdiçou três oportunidades, Benzema assistia ao jogo, Cristiano Ronaldo pouco fez Modric não tinha espaço e assim por diante, exceto o Di Maria, o único jogador que arriscava jogadas e participava bem dos lances. Resumindo o Atlético jogava no coletivo e o Real apostava na qualidade individual de seus jogadores.

    Após as substituições, no segundo tempo, o Real foi para cima e o Atlético muito desgastado recuou, e depois de tanto atacar, aos 48 minutos, Sérgio Ramos consegue empatar, levando para a prorrogação. E assim começa o massacre (que nos remete a derrota marcante do Atlético contra o Bayern em 1974). A zaga foi muito bem o jogo inteiro, mas não resistiu ao cansaço, por não ter tido folgas, devido à disputa do campeonato espanhol, deixou espaços e o Real muito ofensivo, conseguiu aplicar uma goleada com gols de Bale (que era o pior em campo), Marcelo e Cristiano Ronaldo de pênalti. Sérgio Ramos, Di Maria, Gabi, Koke, Gabi, Godín, Miranda (Felipão teve um AVC com essa atuação), Juanfran e Filipe Luís (Felipão teve outro AVC e é duvida para a copa) fizeram uma excelente partida e devem ser destacados.

    Pode não ter sido justo, mas quem disse e que é para ser? O Atlético deve ser parabenizado pelo ano, mas falhou. Não arriscou como deveria e priorizou o espanhol, mas como nós brasileiros, sofremos com a síndrome de Davi, torcemos pelos mais fracos.

      Mas, o que fica para a história, é o time campeão e assim o Real será lembrado, e tendo em mente as características das equipes, o melhor para o futebol aconteceu. Como vivemos um futebol chato marcado pela tática, o mais óbvio aconteceu, o ataque ganhou. E como diz o ditado, “a melhor defesa é o ataque”, o que me resta é parabenizar essas equipes e aos jogadores que pareciam gladiadores no coliseu, se entregaram ao máximo e devem ter o reconhecimento de seus torcedores.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei das colocações mas senti um leve interesse seu pro lado do Atlético , achei uma partida justa onde o ataque venceu a defesa . O Atlético fez um otimo campeonato mas não pensou em jogar nessa final , apenas se defendeu e o Real vom suas peças msm jogando mal decidiram o titulo que achei muito digno e justo